segunda-feira, 9 de junho de 2008

SÓ PRA CONSTAR

...e quando a lua dorme e o sol queima e as pessoas se entregam a mesmice do cotidiano, eu vivo, vivo intensamente o hoje, do passado só o bom e o futuro só "Deus" sabe...mas eu sei que posso definir o meu destino, ele só será louco ou convencional se eu quizer, porque o meu espírito é do espaço, e o meu corpo de quem merecer, para o mundo dou minha poesia, minha dialética insana e para a vassalagem meu asco, meu desprezo, por que a maldade é tão doce e sedutora quanto a bondade, cabe a cada pessoa que passa por mim cavar o seu latifúndio de emoção... dar-se ao sentimento, viver cada célula, cada segundo antes que o relógio biológico corte o último pulso a pulsar de ansiedade, e que vivam em paz os naturalistas e os coprofílicos, e que a música embale os amantes e os assexuados, e as flores floreçam na solidão dos cemitérios e na alegria das guirlandas matrimoniais... cabe a mim lutar por uma noite etérea, por uma chuva de néctar ou por alguns momentos com você, por quê, porque eu sei das minhas limitações e das minhas buscas, e você? Venha e verá... um bom motivo? A mística do saber, a cumplicidade do vir a ser e o doce sabor da aventura... não corra, não fuja, o tempo, ah! o tempo, tenho comigo como amigo pelo aprendizado e como inimigo pelas rugas, então venha antes que me desconheça, e quando o fizer, saiba que antes e agora não há um bom motivo para delirar, mas com certeza quando você chegar a alucinação será infinda, pois não viverei por ti, mas serás um grande lago onde mergulharei quando entorpecida precisar acordar e que sairei quando extasiada precisar ir embora, não gosto de amores eternos, mas de paixão viceral, de carinho ávido e saudade do cheiro da palma da mão, vamos, deguste comigo deste cálice, troque comigo as figurinhas do seu álbum e me fale qual seu tipo de sangue, divida comigo o espaço que a física teima em dizer que dois corpos não podem ocupar, traga de presente pra mim os seus medos, em troca dou-lhe a minha fé, o meu dogma e a certeza de que jamais serás o mesmo quando eu me for... porque o amor é como a música e a poesia, é um coágulo que se forma no sangue, mas ele continua a correr pelas artérias, deixando-o para traz, mas sabendo que ele existe, transpasse as barreiras do preconceito e venha... somos vampiros urbanos, precisamos sugar emoções, façamos isso juntos, e aí saberás realmente o sentido da vida...

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