sexta-feira, 6 de junho de 2008

INCERTEZA

Talves o medo traga de volta o sofrimento
A dor de vê-lo partir,
A dor de vê-lo passar,
A dor de vê-lo voltar...

Talvez a ânsia de renovar a saudade,
Que nunca vai ermbora
Seja o começo de voltar a morrer,
De voltar a chorar torrentes,
Para molhar seu caminho,
Para regar as plantas do seu canteiro
Que nem ao menos plantaste.

Talvez eu morra
E volte a ressucitar nas pedras de sua estrada,
Sirva de adubo para fertilizar sua prole,
Controlar a lâmina que corta o seu destino,
Que destina meus passos a sua cura,
A sua ira,
Ao seu prazer,
A minha angustia,
A minha sina
E a minha queda.

Talvez a dúvida se torne real,
A realidade infinita,
E o infinito perpétuo a sua ilusão.

Talvez não haja nada,
Talvez nem seja um sonho,
Talvez eu nem exista,
Talvez você nem seja um fantasma,
Talvez nunca vivemos,
Talvez nunca haja um talvez...

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